RESUMO Objetivou-se avaliar a toxicidade de alguns fungicidas aplicados em cultura de pepino (Cucumis sativus L.), em função das formas de exposição, por contato ou ingestão de presas contaminadas, para larvas de primeiro ínstar de Chrysoperla externa (Hagen) alimentadas com Aphis gossypii Glover (Hemiptera: Aphididae) e os efeitos sobre as fases subseqüentes de desenvolvimento do predador. Os experimentos foram conduzidos em condições controladas a 25 ± 2o C, 70 ± 10% UR e fotofase de 12 horas. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos e seis repetições, sendo cada parcela composta por quatro larvas. Os compostos utilizados e suas respectivas dosagens de aplicação em g i.a.L-1 foram: enxofre (Kumulus 800PM 1,6), mancozebe (Manzate 800PM 1,6) e oxicloreto de cobre (Recop 840PM 1,49). A testemunha foi composta por água destilada. No bioensaio de contato, larvas de primeiro ínstar de C. externa receberam os produtos via pulverização, por meio de torre de Potter e, em seguida, foram individualizadas em tubos de vidro, as quais foram alimentadas diariamente com ninfas de A. gossypii. No bioensaio via ingestão, as ninfas de A. gossypii tratadas via pulverização com os compostos foram oferecidas como alimento para larvas de primeiro estádio de C. externa. O efeito total dos fungicidas para C. externa foi estabelecido conforme as classes de toxicidade preconizadas pela IOBC, em que oxicloreto de cobre mostrou-se inócuo (classe 1) via contato ou ingestão. Enxofre e mancozebe por ingestão foram inócuos, e quando aplicados via contato foram levemente nocivos (classe 2).
ABSTRACT This study was aimed to evaluate the toxicity of some fungicides applied on cucumber crop (Cucumis sativus L.) in function in the manner of exposure, by contact or ingestion of contaminated preys, for first-instar Chrysoperla externa (Hagen) larvae fed with Aphis gossypii Glover (Hemiptera: Aphididae), and the effects on the subsequent stages of the predator. The experiments were conducted under controlled conditions at 25 ± 2oC; RH: 70 ± 10% and 12h of photophase. The experimental design was completely randomized with 4 treatments and 6 replicates, each plot made up of 4 larvae. The compounds utilized and their respective dosages of application in g a.i.L-1 were sulfur (Kumulus 800PM – 1.6), mancozeb (Manzate 800PM – 1.6) and copper oxichloride (Recop 840PM – 1.49). The control consisted of distilled water. First-instar larvae received the chemicals via spraying and were then individualized into glass tubes, and fed A. gossypii nymphs. In the bioassay, via ingestion, the A. gossypii nymphs treated via spraying with the compounds were given as food to first-stage larvae of C. externa. The total effect of the fungicides from C. externa was established according to the toxicity classes of the IOBC scale, where copper oxichloride proved harmless (class 1) via contact or ingestion. Sulfur and mancozeb by ingestion were harmless, and slightly harmful (class 2) when applied via contact.